quarta-feira, junho 08, 2005

Tecto 402 / Updated

Este projecto tinha como tema a ilustração de um livro, abordada numa dimensão mais ou menos metafísica. Escolhendo o título que mais nos aprouvesse, partiriamos então para a ilustração do mesmo.

Vera Sacchetti


Tecto 402

quarta-feira, maio 11, 2005

DG1: Projecto 3 / Propostas / Actualizações

Grupo 35: Ilaria Tomat
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This is the general idea for the realization of a book on the prevert's poem : "volets ouverts_volets fermes", a poem describing a love story from its beginning, to its end;

There is a strong image that accompain the whole poem and it is the alternance of a closed and opened shutter.

The text is presented (divided in stanzas) on the left page while in the right one there is a simple, graphic image representing a window with the light entering and breaking the darkness of a space.

The principle aim of the work is to create a strong relation between image and text.

As the text rotates, page by page, the light enters from different directions creating new perspectives.

The rotation of the text from the left to the right side simbolizes the time passing by and, in the same time, the light moving around the window represents the sunlight that changes during the day.The purpose of this kind of representation is to create a parallel between the relationship described in the poem and the time going on.

When the poem describes a situation in which the shutter is closed , the text appears in the center of the page to give the sensation of closing and the image rapresent, in a graphic way, a closed shutter.


Grupo 23: Catarina Campos, Duarte Amorim
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Tema:
Breve resumo do conto seleccionado ("O Amor é Cego" de Boris Vian):

Formato do projecto: Instalação

Conteúdo
Com base na importância dada à interacção dos personagens do conto literário seleccionado, que se vai complexificando à medida que o texto avança (numa relação de menor visibilidade maior interacção), o trabalho foi-se desenvolvendo segundo as ideias seguintes:

- leitor/espectador como desconstrutor da própria coerência da intriga
- espectador como participante de um grupo, de um contexto e de um ambiente comunicacional
- papel de produtor de significação dado ao público
- utilização do corpo dos espectadores como meio
- transformação do tempo literário num tempo concreto e humano (presente cronológico)

Objectivos/Forma
O principal objectivo para a resolução da proposta é a tranformação de uma narrativa clássica, que separa e exterioriza o lugar do leitor, numa narrativa em que o leitor é transportado para dentro da acção, transformando-o num performer que deverá integrar-se numa trama que é já narrativa.
Concluímos que, segundo os nossos objectivos, a melhor forma de apresentação seria uma instalação suportada pelos conceitos sequentes:

- desierarquização, deslinearização, anonimização e infinitização do texto
- eliminação do texto no desenvolvimento narrativo
- dependência da autenticidade da experiência com a escolha e adaptação dos meios
- dialética entre hipermediação e imediação
- reflexão acerca das tecnologias de representação e utilização de dispositivos auto-perceptivos
- desenvolvimento de uma estrutura não linear assente em conceitos como descontinuidade, indeterminação, pluralidade e acaso

Metodologia
Durante as semanas que se seguem o projecto será desenvolvido e finalizado formalmente e, em paralelo, as investigações continuarão como suporte do trabalho (indicação de caminhos e soluções possíveis).


Grupo 20: Cláudia Peixoto, Helena Sousa, Henrique Valente
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Tema:
A partir da obra literária seleccionada, e na medida em que esta adopta essencialmente um formato descritivo através da apresentação de um personagem em cada um dos capítulos, o trabalho procurará representá-las sobre a forma de ilustração animada, reforçando o seu carácter descritivo através de um outro suporte. Essa reapresentação pretenderá evidenciar os aspectos mais marcantes de cada uma das personagens, a nível físico, objectos, espaços e acções particulares de cada um deles, por sua vez reforçada pelo movimento criado nas ilustrações.
Em termos formais o "desenho" pretende ser desenvolvido essencialmente através de colagens, pela apropriação de elementos, como várias texturas, desenho, etc.
No final estas procuram alcançar um carácter caricatural, pretendendo enfatizar desta forma aspectos relevantes e fundamentais na caracterização das personagens, ao mesmo tempo demonstrando o ponto de vista de uma criança, adolescente perante o ambiente, os habitantes e as vivências da rua que dá nome ao livro e onde o narrador cresceu.
A possível vertente interactiva do trabalho, procurará possibilitar uma leitura que se afaste da convencional, à partida linear, inerente a este tipo de suporte, o livro. Deste modo, pretende-se justificar a criação de um suporte de leitura "literário" alternativo dando a possibilidade ao utilizador de navegar por opção própria (o que em todos os casos não seria impossível no suporte original), permitindo-lhe aceder a personagens que à partida só estariam disponíveis por exemplo nos últimos capítulos.
Por outro lado, é intenção que a interactividade parta de uma "main page" que se assume como o universo da própria Miguel Street, e é o ponto de partida (através da criação de botões que apresentam cada um dos personagens) para que no fim, e pela ordem a que o utilizador optou, estas se tornem todas visíveis, recriando num mesmo "espaço" (várias janelas sobre essa página principal) todo o universo da Miguel Street. Por outras palavras, o final é uma tentativa de dar a conhecer o livro num só momento, acedido pela ordem de leitura escolhida pelo utilizador.


Grupo 11: Ricardo Lafuente
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Tema:
"O Homem que confundiu a mulher com um chapéu", de Oliver Sacks

Planificação do Trabalho:
1ª fase (2 a 9 de Maio) Selecção de 3 "casos" a desenvolver.
2ª fase (10 a 17 de Maio) Desenvolvimento de desenhos
e esboços; criação do storyboard.
3ª fase (17 de Maio a 26 de Maio) Criação da animação, som e interface.

Objectivos:
- Criar um reportório formal consistente;
- Descrever visualmente a experiência de pessoas com anomalias neurológicas;
- Aprofundar a técnica e a linguagem da animação tradicional e do desenho;
- Desenvolver um interface simples em DVD.

quarta-feira, maio 04, 2005

DG1: Projecto 3 / Ante-projectos / Apresentações

As datas definitivas para a apresentação dos ante-projectos serão:

Quinta, 5 de Maio das 14 às 17 horas, Grupos 1 a 12 (às 17 horas inaugura a exposição "Look in the mirror! / Olha-te ao Espelho!").
Segunda, 9 de Maio das 9 às 12 e 30 horas, Grupos restantes.

Grupos, revistos e corrigidos:

Grupo 1: Cécile Mendes, Elisabete Ribeiro, Raquel Pestana
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Grupo 2: Ana Carvalho, Melissa Moreira
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Grupo 3: Elsa Oliveira
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Grupo 4: Nelson Ferreira
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Grupo 5: Catarina Gomes
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Grupo 6: Carlos Belo, Jorge Almeida, Rui Fortuna
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Grupo 7: Inês Ribeiro
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Grupo 8: Maria de Fátima Lopes
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Grupo 9: Samuel Costa
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Grupo 10: Ana Ferreira, Joana Mota
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Grupo 11: Ricardo Lafuente
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Grupo 12: Vera Sacchetti
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Grupo 13: Joana Delgado, Joana Osório
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Grupo 14: João Sousa, José Pinto, Cristina Nascimento
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Grupo 15: Ana Silva
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Grupo 16: Cristina Pereira
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Grupo 17: Ana Ribeiro
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Grupo 18: Daniel Lopes
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Grupo 19: Helder Bento, Hugo Ribeiro
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Grupo 20: Cláudia Peixoto, Helena Sousa, Henrique Valente
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Grupo 22: Sara Rocha
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Grupo 23: Catarina Campos, Duarte Amorim
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Grupo 24: Tânia Monteiro, Eugénia Gomes
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Grupo 25: Pedro Silva
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Grupo 26: Inês Costa, Joana Vilaça
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Grupo 27: Pedro Ribeiro
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Grupo 28: Sandra Passos
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Grupo 29: Jorge Soares
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Grupo 30: Telmo Sá
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Grupo 31: Margarida Duarte, Pedro Cardoso
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Grupo 32: João Marrucho
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Grupo 33: Lóide Sousa
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Grupo 34: Bernadette
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Grupo 35: Ilaria Tomat
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segunda-feira, maio 02, 2005

DG1: Design

David Pescovitz: In celebration of the E=mc2 centenary, Spiked asked 250 well-known scientists, science communicators, and educators one question: "What, if you could pick just one thing, would you teach the world about science... and why?" Here's a sampling.

Richard Dawkins:
The scientific principle that I wish everyone understood is Darwinian natural selection, and its enormous explanatory power, as the only known explanation of 'design'...


[…]

spiked-science

via boingboing

quarta-feira, abril 27, 2005

DG1: What is Literature (Part of The Literary Machine)

A Ted Nelson's text.

Literature is an ongoing system of interconnecting documents

The literary Paradigm

Our design is suggested by the one working precedent that we know of: literature.

A piece of writing - say, a sheet of typed paper on the table - looks alone and independent. This is quite misleading. Solitary it may be, but it may be also part of a literature.

By the term "a literature" we are not necessarily talking about belles lettres or leather-bound books. We mean it in the same broad sense of "scientific literature", or that graduate-school question, "Have you looked at the literature?".

A literature is a system of interconnected writings. We do not offer this as our definition, but as a discovered fact. And almost all writing is part of some literature.

These interconnections do not exist on paper except in rudimentary form, and we have tended not to be aware of them. We see individual documents but not the literature, just as people see other individuals but tend not to see the society or culture that surround them.

The way people read and write is based in large part on these interconnections.

A person reads an article. He or she says to himself or herself, "Where have I seen something like that before? Oh, yes -- and the previous connection is brought mentally into play.

The Web of Connections in Science

Consider how it works in science, and the day-to-day activities of an individual scientist, let's say a genetic theorist. She reads current articles in the journals. These articles refer back, explicitly, to other writings; if our genetic theorist chooses to question the sources, or review their meaning, she is following links as she gets the books and journals and refers to them. Our genetic theorist may correspond with colleagues, mentioning what she has read, and receiving replies suggesting other things to read. (This correspondence, too, is thus connected to these other writings by implicit links.)

Say that our scientist, seeking to refresh her ideas, goes back to reading Darwin. She also derives inspiration from other things she reads - the Bible, science fiction. These too link up to work going on in her mind.

Now writing, our scientist quotes and cites the things she has read in her own articles. (These links are explicit.) Other readers, taking interest in her sources, read the source documents for these quotes and citations (following the links).

And so it goes on. Our Western cultural tradition is a great procession of writings, all with links implicit and explicit between them.

Writings in principle remain continuously available - both as recently quoted, and in their original inviolable incarnations - in a great procession.

Controversy and shifting Viewpoint

Everyone argues over the interpretation of former writings, even the geneticist of our example. One author will cite a passage in Darwin to prove Darwin thought one thing, another will find another passage to try to prove he thought another.

And views of a field, and the way a field's own past is viewed within it, change. A formerly forgotten researcher may come to light (like Mendel), or a highly respected researcher may be discredited (like Cyril Burt). And so it goes, on and on. The past is continually changing - or at least seems to be, as we view it.

There is no predicting the use future people will make of what is written. Any summary we write today embodies a particular view: the perspective of a particular individual (or school of thought) at a particular time. We cannot know how things will be seen in the future. We must assume there will never be a final and definitive view of anything.

And yet this system functions.

Literature is debugged

terça-feira, abril 26, 2005

DG1: Projecto 3 / Propostas

Grupo 33: Lóide Sousa
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Tema/ Livro
"As origens da canção urbana" de José Ramos Tinhorão

Planificação do Trabalho
a) Entendimento das mudanças que ocorreram a nível económico, social e cultural do séc. XV em diante, e que influenciaram o nascimento da canção urbana;
b) Compreender de que forma a criação de novos centros urbanos funciona como elemento propulsor da alteração e distinção das teias sociais;
c) Diferenciação dos tipos de canções urbanas;
d) Estudo da relação existente entre os poemas, as letras, os arranjos musicais e os instrumentos escolhidos;
e) Compreensão das relações entre o nosso passado social e a nossa realidade cultural;

Objectivos do Trabalho
a) Realizar um video-documentário sintético, sobre o tema escolhido;
b) De forma a completar a proposta com objectividade, a solução final irá reflectir apenas sobre um dos géneros da canção urbana;
c) O video resultará da junção entre: filmagens originais, recolhas de imagens de documentários sobre a canção urbana portuguesa, musica urbana, fotografias, texto, etc.


Grupo 16: Cristina Pereira
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Caro professor
O meu grupo sou eu. Os meus problemas de relacionamento são graves e o tema do livro que escolhi isolou-me da turma. Sinceramente, custa-me a acreditar que eu vou ser a única pessoa a escolher esse marco da literatura mundial, que é “As Cidades Invisíveis”, de Italo Calvino (prova mais do que clara que a turma não tem bom gosto literário).
O único livro que levaria comigo para uma ilha deserta, inspira-me. Faz-me crer em coisas belas, em paisagens fantasmáticas, leva-me para refúgios intimistas. A ilustração d' “As Cidades Invisíveis” também podia ser bela, fantasmática e intimista, mas não vai ser...

A primeira ideia que me surgiu para ilustrar as “Cidades”, consistia numa série de vídeos, mais ou menos humorísticos, mais ou menos satíricos, sobre os contos, sobre as últimas propostas, sobre a sagrada instituição das belas artes, e por aí fora.
Passei a primeira semana da proposta fechada em casa com uma caneta e várias folhas de papel. O princípio da semana nem correu mal, descobri que o Pipo já não está nos Morangos com Açúcar e que a Elsa Raposo devia sair da quinta, depois voltei às folhas e à caneta e aos textos, que por algum motivo estranho cada vez eram mais semelhantes a elogios fúnebres. No fim da semana, achei que me podia atirar de um 10º andar sem pára-quedas e no sábado tive uma ideia: começar um novo projecto.
O meu novo projecto é ilustração, na sua concepção clássica. Vou ilustrar as “Cidades Invisíveis”, vou fazer desenhos, pintar, fazer recortes, e pela primeira vez desenvolver um projecto sério, inteligente, sem qualquer recurso a piadas fáceis e/ou o Noddy.
O projecto tem ainda uma componente a que vou chamar “Factor Surpresa”. Isto é, o trabalho que vou desenvolver nestas semanas, só vai ser visível na apresentação final, o que pode querer dizer duas coisas: ou a coisa corre muito bem, ou a coisa corre muito mal...
Como eu sou suficientemente estúpida e optimista, vou achar que tudo vai correr bem. Vou fazer os meus desenhinhos e esperar pelo melhor. Porque isto é como o povo diz: “Deus dá a cruz, mas também dá a força para a carregar!”
 
Cristina Pereira


Grupo 17: Ana Ribeiro
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Proponho-me reciclar um projecto antigo, realizado no âmbito de Desenho 3 (mal concluído na altura por falta de investimento de tempo e meios). É um pretexto que funciona apenas como ponto de partida, não devendo condicionar o resultado. Encontro aqui o espaço necessário para resolver esse assunto que tinha pendente.
Aquilo que, para já, tenho definido é o ambiente que pretendo construir. Assim não posso definir propriamente um tema, se não um sentimento (não é a melhor forma de lhe chamar, mas não me ocorre outra) para o qual quero dirigir o resultado. Ou antes, quero referir-me a determinado sentimento ridicularizando-o. Não por ser desprezível. Também não, necessariamente, como meio de catarse (não é preciso tanto). Mas porque é a forma que encontro de legitimar a abordagem a um tema que (por preconceito meu, penso) é arriscado. É difícil falar de sentimento sem que se pareça demasiado sentimental, passo a redundância.
O texto é definido posteriormente. O surgimento das coisas é invertido relativamente àquilo que normalmente acontece em ilustração. Aqui começo por conhecer a imagem (pelo menos em previsão) só depois procuro um texto que se adeqúe. Em princípio opto por Versos de Amália Rodrigues. A maior parte dos textos (dos quais escolherei um) são lamentos em forma de poesia que se adequam sobretudo pelo exagero que assumem.
O texto é integrado no som. O único contacto com ele é auditivo. Ao som cabe ainda a tarefa de contradizer a seriedade da imagem e das palavras.
A definição do guião e a construção do modelo devem surgir em paralelo numa primeira fase. O modelo depende do que o guião exija. Por sua vez, o guião é condicionado pelas possibilidades práticas do modelo. Na segunda fase é feito o registo em estúdio. O som é tratado na terceira fase depois da imagem construída. Finalmente é feita a montagem e o trabalho de pós-produção.


Grupo 28: Sandra Passos
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Tema:
Obra escolhida: “História de uma Gaivota e do Gato que a ensinou a voar” de Luis Sepúlveda. “ Esta é a história de Zorbas, um gato grande, preto e gordo. Um dia, uma formosa e gorda gaivota apanhada por uma maré negra de petróleo deixa ao cuidado dele, momentos antes de morrer, o ovo que acabara de pôr. Zorbas que é um gato de palavra, cumprirá as duas promessas que nesse momento dramático lhe é obrigado a fazer: não só criará a gaivota, como também a ensinará a voar: ...”

Planificação do trabalho:
1a fase: leitura da obra | análise. 2a fase: pesquisa | estudos para a concretização formal do projecto. 3a fase: definiçao formal do projecto | desenvolvimento e conclusão.

Objectivo:
Articulação do texto literário com a ilustração em que a sua linguagem e suportes vão levar à construção de um objecto audio visual. A ilustração através de linguagens como o som e a imagem que reunidas dão lugar a uma animação.


Grupo 25: Pedro Silva
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Tema:
Obra literária de Agatha Christie, com foco num género: policial.

Faseamento:
Investigação da estrutura narrativa dos textos usada pela autora. Pesquisar que imagens costumam ser utilizadas para ilustrar as suas obras.
Escolher uma obra e ler; fazer apontamentos sintéticos do cenário audiovisuais que a leitura me sugere. Pesquisar objectos (som, imagem, filme) associados ao cenário.
Criação de uma interface interactivo simples, de apresentação do projecto em meios digitais, projecção visual numa tela e suporte sonoro.
Testar a possibilidade de interacção do utilizador, dando a este a faculdade de assumir o lugar de personagens, vivendo perspectivas diferentes da mesma narrativa por meio de imagens e som. Irá assumir personagens: o criminoso, a vítima, o detective, a testemunha, o cúmplice, etc.

Objectivos:
Descontextualizar a obra de Agatha Christie ao nível da sua situação temporal e espacial na narrativa, adaptado aos dias de hoje (última década), utilizando imagens do quotidiano moderno e recolhidas de filmes, que se relacionem com a obra literária, introduzindo excertos da obra em momentos-chave da narrativa audiovisual.
Demonstrar que é possível trazer e adaptar para o presente uma obra clássica de ficção literária, manipulando os veículos de ilustração literária, retirando a obra do seu contexto original.


Grupo 22: Sara Rocha
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Tema:
O texto escolhido para a resposta à proposta de ilustração foi 'Die Hamletmaschine' de Heiner Muller, nomeadamente o 2º acto, a fala de Ophelia.

Planificação do trabalho:
1º-investigar a banda sonora já existente do mesmo, que consagrou a banda "Einsturzende Neubauten";
2ºcomposição de um tema original e improviso no mesmo;
3º-procura de espaço pertinente onde montar a apresentação do trabalho;
4º- desenvolvimento de uma ilustração sonora, baseada nas influências da peça original e na de heiner muller.

Objectivos provisórios:
apresentação ao vivo; instalação perene; performance.


Grupo 11: Ricardo Lafuente
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Professores,
Devido ao prolongamento do nosso trabalho relativo à proposta 2, apenas pude começar a trabalhar na terceira proposta desde o fim-de-semana passado (o facto de ter deixado trabalhos de outras disciplinas atrasados também não ajudou à celeridade).

O processo de escolha do livro a trabalhar não tem sido fácil, tal como o tipo de técnica e suporte a utilizar - depois da experiência da proposta 2, estou
de pé atrás quanto a projectos mais complexos, mas por outro lado é um pouco desconfortável optar por soluções simplistas.

Cheguei a falar com o professor Cruz sobre o livro "A Revolução Electrónica" de William Burroughs, já que gostava de desenvolver alguns dos conceitos ligados à ideia de vírus que o autor desenvolve. No entanto, talvez por ter lido apressadamente o livro, apercebi-me que a ideia de vírus é apenas uma pequena parte de toda a tese do livro, que se desenrola fundamentalmente à volta da ideia da linguagem, da subversão e da dimensão política (nomeadamente sobre o caso Watergate). Embora os temas me interessem particularmente, o desenvolvimento que o autor lhes dá é, na minha opinião, um pouco disperso, concentrando-se desnecessariamente em aspectos
acessórios.

Depois de procurar obras que se relacionassem directamente com o tema do vírus, acabei por não encontrar nenhum texto satisfatório (no conjunto das obras no textz.org não existe uma única ocorrência da palavra "vírus"!).

Ao procurar outro tipo de referências para finalmente ter uma base para começar a trabalhar, encontrei "O homem que confundiu a mulher com um chapéu e outras
histórias", do psicólogo e neurólogo Oliver Sacks, acerca de diversos episódios de pacientes com neuroses de várias ordens, desde o tal homem que tinha sérios
problemas com associações visuais (o que levava a situações como a referida no título da obra) aos gémeos autistas que faziam jogos de palavras com números primos de seis dígitos.

A partir daqui, pensei em fazer várias ilustrações usando aguarelas e tinta da china com vista à sua animação (ocorre-me neste momento a série Dr.Katz) e, possivelmente, a criação de uma aplicação interactiva que pudesse enquadrar os diferentes episódios num ambiente comum. Os pontos centrais do trabalho seriam a representação expressiva dos pacientes e a tradução dos relatos das neuroses do Dr.Sacks para um suporte visual.
Gostava de saber da opinião dos professores acerca desta proposta. Não sei se será algo limitada, já que adere aos moldes da ilustração convencional (embora tencione desenvolvê-la para além disso, como referi), mas como já disse estou um pouco reticente quanto a repetir a experiência de apostar numa solução radical
e "grande".

Enviei isto hoje em vez de falar directamente com os professores para poder, se o feedback for positivo, escrever já o planeamento do trabalho, e se não for, para já ir pensando num plano C.


Grupo 18: Daniel Lopes
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"Outros haverão de ter
O que houvermos de perder.
Outros poderão achar
O que, no nosso encontrar,
Foi achado, ou não achado,
Segundo o destino dado.

Mas o que a eles não toca
É a Magia que evoca
O Longe e faz dele história.
E por isso a sua glória
É justa auréola dada
Por uma luz emprestada."

Tema Escolhido:
"Os Colombos" poema retirado da Epopeia Nacionalista "A Mensagem" de Fernando Pessoa

Planificação do trabalho:
Primeiras 3 semanas, reflexão. Últimas 3 semanas, realização.

Objectivos provisórios do trabalho:
Realização de um objecto audio-visual que evoque uma magia, um mito, cuja posterior manipulação irá constituir uma nova mensagem, um novo discurso. Resumindo, apropriar-me de um mito, para com isso criar outro mito. Como o próprio Pessoa disse «Desejo ser um criador de mitos, que é o mistério mais alto que pode obrar alguém da Humanidade»


Grupo 14: João Sousa, José Pinto, Cristina Nascimento
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Tema
“Histórias escolhidas por um psicopata”, Edgar Allan Poe
”O Coração Delator”
”As Montanhas Escabrosas”
”Berenice”
”A Máscara da Morte Rubra”
”O Homem da Multidão”

Faseamento
20 - 30 Abril
Ler o livro em questão.
Fazer levantamento de material das histórias para criar uma nova narrativa baseada nelas.
25 Abril - 3 Maio
Experiências e pesquisa sobre como reinventar as narrativas do livro noutro suporte e criando uma nova narrativa.
Início da produção do projecto.
3 Maio
Ter ideias assentes sobre o que fazer no projecto.
25 Maio
Entrega do projecto.

Objectivos
Descontextualizar a obra, que contém cinco contos de Edgar Allan Poe.
Criar cinco documentos audiovisuais inter-ligados que ilustrem os contos.
Os cinco vídeos em simultâneo criam uma nova narrativa.
Manter o espírito/clima da obra original.
Apresentação em cinco ecrãs com os conteúdos inter-ligados.


Grupo 9: Samuel Costa
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Tema Escolhido:
Contos tradicionais do Povo Português; Teófilo Braga; 2002 Publicações Dom Quixote.

Planificação do trabalho:
Fase 01 . referência nas obras de Saul Bass, e vários autores do leste europeu como Jan Lenica, Karel Vaca, Olga Polackova . Desenvolvimento do projecto através de técnicas e meios manuais de produção das ilustrações.
Fase 02 . montagem e pós-produção do projecto ao nível da imagem e do som através de meios digitais.

Objectivos provisórios do trabalho:
O conjunto das ilustrações desenvolvidas vão dar sequência a um produto final, uma animação.


Grupo 20: Cláudia Peixoto, Helena Sousa, Henrique Valente
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Tema:
“Miguel Street” de V. S. Naipaul
Esta obra, de 1959, com clara referência autobiográfica, representa uma perspectiva social e racial das pessoas de Trinidad, desde a chegada do narrador, dois anos antes da Segunda Guerra Mundial, até completar dezoito anos e se muda para Londres.
Em Miguel Street, o narrador e protagonista descreve a rua onde vive e as pessoas que nela habitam. As diferentes histórias das personagens são retratadas em capítulos diferentes que podem ser lidos de forma independente.
O narrador escapa do bairro, mas a história revela que ele não pode escapar do seu passado e do amor que sente pelas pessoas de Miguel Street.

Planificação do Trabalho:
1)Análise do livro e dos conteúdos passíveis de explorar no projecto;
2)Investigação de trabalhos de autor;
3)Experiências de linguagens diversas;
4)Concretização do Projecto.

Objectivos Provisórios:
Explorar o carácter particular das personagens, o ambiente em que vivem e outros elementos descritos pelo autor.


Grupo 15: Ana Silva
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Tema:
“A Metamorfose ”de Franz Kafka
Certa manhã, ao acordar após sonhos agitados, Gregor Samsa viu-se na sua cama, metamorfoseado num monstruoso insecto. Estava deitado de costas, umas costas tão duras como uma carapaça, e, ao levantar um pouco a cabeça, viu o seu ventre acastanhado, inchado e arredondado em anéis mais rigídos, sobre o qual o cobertor, quase a escorregar, dificilmente se mantinha. As suas numerosas patas, lamentavelmente raquíticas, comparadas com a sua corpulência, remexiam-se desesperadamente diante dos seus olhos.
«O que me aconteceu?», pensou.”

Planificação do Trabalho:
1ªfase: 18Abril a 25Abril: Recolha de material teórico, investigação de meios e métodos, estudos para concretização do projecto.
2ªfase: 26Abril a 1Maio: Análise da obra, interpretação da narrativa e selecção dos excertos a desenvolver na ilustração.
3ªfase: 2Maio a 20Maio: Elaboração dos vídeos e faixas sonoras que serão parte da ilustração, construção do cenário
4ªfase: a partir de 20Maio: Finalização da fase 3 e montagem do trabalho

Objectivos Provisórios:
O meu trabalho resultará numa espécie de cenário que será palco da apresentação final. Nesta apresentação pretendo recriar, essencialmente através de vídeos e faixas sonoras, o ambiente em que se situa Gregor e a sua família. Inicialmente pensei construir um cubo gigante fechado representativo do quarto de Gregor, mas devido ás dificuldades da sua construção e montagem/desmontagem optei por intervir numa sala cuja entrada estará barrada por uma placa de madeira. O observador só terá acesso à sala e consequentemente à ilustração através de uns cortes ovais que servirão para colocar o rosto, a ideia é criar uma separação evidente entre o espaço interior (espaço de Gregor) e o espaço exterior (espaço da família de Gregor). Relativamente aos conteúdos propriamente ditos da ilustração apresentarei três vídeos (um por capítulo) com a duração total de 30 minutos, uma faixa de som colocada no interior da sala com duração de 27min e uma faixa de som no exterior com duração de 3 minutos. A minha ilustração funcionará como uma “espécie de teatrinho” da Metamorfose.


Grupo 31: Margarida Duarte, Pedro Cardoso
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Tema:
"O Principezinho" de Antoine Saint-Exupéry

Objectivos
Ainda sem certezas sobre o aspecto formal do trabalho a ser desenvolvido, propomo-nos ilustrar a obra baseando-nos na sugestão como motivação ao imaginário.
"— Isto é a caixa. A ovelha que tu queres está lá dentro.
(...)
— Era mesmo, mesmo assim que eu a queria! Achas que esta ovelha vai precisar de muita erva?" (p.14)
Iremos explorar o antagonismo: racionalismo versus imaginário ou objectividade versus subjectividade, na relação e fruição das crianças e das "pessoas grandes" com o mundo ou com o meio.
"As pessoas grandes nunca percebem nada sozinhas e uma criança acaba por se cansar de ter que estar sempre a explicar-lhes tudo." (p. 10)

Planificação
Como primeira abordagem, achamos de maior importância efectuar uma recolha/ investigação tentando abranger os mais diversos materiais que se encontram relacionados, de modo mais ou menos directo, com a obra (seja a nível teórico-crítico, outras interpretações e até mesmo remakes).


Grupo 19: Helder Bento, Hugo Ribeiro
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TEMA:
“O Papalagui” de Erich Scheurmann Colecção de textos recolhidos pelo Antropólogo Alemão Erich Scheurmann ditados pelo Chefe Tuiavii da Tribo de Tiavéa das Ilhas Samoa, relativos a sua vinda a Europa e consequente choque cultural.

PLANIFICAÇÃO DO TRABALHO:
Fase1:até 5 de Maio Leitura da obra Investigação/recolha de referências visuais e bibliográficas Definição conceptual final.
Fase2:até 14 de Maio esboço provisório das ilustrações selecção de espaços a utilizar inventário de objectos e guarda-roupa necessários.
Fase3:até apresentação sessões fotográficas tratamento de imagem montagem final.

OBJECTIVOS PROVISÓRIOS:
È nossa intenção neste projecto continuar a desenvolver uma metodologia de trabalho ilustrativo, abordado no projecto 2, onde desenvolvemos uma prática de desenho sobre suporte fotográfico, tendo como tema uma mensagem de crítica social. A intervenção incidiu principalmente (a nível formal) sobre aspectos espaciais, que representam por si questões de ordem política e económica que desempenham um papel fulcral na sociedade contemporânea. No seguimento deste trabalho, e perante a nova proposta, pretendemos continuar a desenvolver as questões levantadas anteriormente, não sendo assim alheia a escolha da obra acima mencionada. Sendo que o conteúdo da obra se baseia em constatações em primeira pessoa do chefe Tuiavii perante uma realidade social radicalmente díspar da sua, dispomo-nos a traduzir esse confronto civilizacional, procurando recriá-lo e tornando-o próprio ao espectador. Pretende-se provocar essa mesma estranheza, confronto, encenando situações culturalmente banais para nós “civilizados”.


Grupo 2: Ana Carvalho, Melissa Moreira
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TEMA
“O Engenhoso Fidalgo Dom Quixote da Mancha” de Miguel de Cervantes

PLANIFICAÇÃO DO TRABALHO
1a Fase: Recolha de material teórico sobre o livro e sobre aspectos do livro que pretendemos desenvolver no trabalho (questões de percepção e factores espaciais que interferem na leitura); investigação de instalações sonoras e de criação de percursos sonoros (audio-walk).
2a Fase: Escolha dos episódios que vão determinar as intervenções e definição dos espaços das mesmas, localizados na faculdade e área circundante.
3a Fase: Elaboração das faixas sonoras: a que define o percurso e que acompanha o utilizador e as que estão fixas nos locais das intervenções.
4a Fase: Construção dos cenários correspondentes aos episódios escolhidos.

OBJECTIVOS PROVISÓRIOS
Transformar o espaço real à imagem do espaço literário.
A partir de um percurso individual que introduz a história (embora não de forma directa) e da ilustração material de episódios da mesma, conseguir o efeito de alucinação que os romances de cavalaria provocavam em D. Quixote, no utilizador do trabalho.
Desenvolvimento de ilustração com base em elementos sonoros.
Fazer com que o utilizador se distancie do espaço quotidiano.


Grupo 26: Inês Costa, Joana Vilaça
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Tema:
Começamos por escolher a obra "O Princípe Feliz e outras histórias",
de Oscar Wilde.

Começamos por saber que a nossa motivação para ilustrar parte da vontade de reflectir o carácter imaginoso e a personalidade de Oscar Wilde. A dictomia existente entre a beleza formal e narrativa dos seus contos e a vida invulgar (contextualizada num tempo de valores morais severos), imputam uma riqueza (ambígua) na interpretação e reflexão sobre a sua escrita.

Começamos por decidir o que fazer: explorar vários media e vários suportes.
Queremos desenhar, construir (mais do que idealizar) e materializar a nossas reflexões, as ilustrações, em objectos. Objectos disformes, do real para o imaginário, do possível para o sonho.

Começamos por escrever este texto.


Grupo 12: Vera Sacchetti
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Livro a trabalhar
Looking Closer 4,
editores Michael Bierut, Steven Heller, William Drenttel - Allworth Press US : 2002
(possivelmente outros)

Planificação / Objectivos provisórios do trabalho
O trabalho organiza-se processualmente. Quero explorar opiniões, investigar pontos de vista, e exprimi-los de maneiras diferentes.
Na prática o resultado final do trabalho será uma ou mais paredes desenhadas com frases, esquemas, figuras simples, etc. A partir de uma pesquisa de grafitti, street-art, stencil, tipografia escrita à mão (com base, por exemplo, no Handwritten, Expressive Lettering in the Digital Age, de Steven Heller e Mirko Ilic), pretendo expressar opiniões, reflectir e investigar temas abordados no LC4 (constituído essencialmente por manifestos mais recentes), e trabalhar pontos que me pareçam mais fulcrais no design hoje em dia. O resultado final não pretende ser conclusivo, antes uma teia de opiniões, ideias, e esquemas que possam dar ao leitor oportunidade de pensar e reflectir por si próprio.


Grupo 6: Carlos Belo, Jorge Almeida, Rui Fortuna
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Tema
Vamos trabalhar a partir do livro De Profundis Valsa Lenta de José Cardoso Pires, um livro autobiográfico, onde o autor descreve, de uma forma literária, não muito cientifica, uma experiência de um acidente cardiovascular cerebral que sofreu. Vamos fazer uma interpretação a nível sonoro e possivelmente gráfico, podendo-nos guiar linearmente pelo livro ou extrapolando essa lineariedade.

Faseamento
Até 27 de abril, ler e retirar ideias.
28 de abril, ponto de situação e discussão das ideias.
2 de maio, finalização da pesquisa acerca de ilustração audio e/ou visual e debate de ideias acerca da resolução e partida para a mesma.
4 de maio, pré-apresentação, partida para recolha de materiais de trabalho e inicio da produção( até 12 de maio).
12 de maio, inicio da montagem final até ao dia da entrega.

Objectivos
Investigação sobre ilustração audio e/ou visual.
Debate de ideias sobre o tema (obra e ilustração)
Resolução do problema especifico da ilustração do livro proposto.
Criação de ambientes sonoros e/ou visuais capazes de ilustrar a narrativa.


Grupo 13: Joana Delgado, Joana Osório
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Tema escolhido:
'A Lebre e o Porco-Espinho' e 'O Rato do Campo e o Rato da Cidade.'
A escolha destes dois textos recai sobre o facto de termos optado por enveredar para a ilustraç\ao infantil. Sendo estes dois textos historinhas para crianças, escolhemo-los preferencialmente por não existirem personagens humanas no enredo e por fazerem alusão a determinados sons e situações que podem ser potencialmente enriquecedores de uma narração.

Objectivos:
Pretendemos que o veículo das nossas ilustrações funcione como uma reaproximação a um brinquedo da nossa infância, neste caso o 'view master'. Inicialmente propomo-nos a atribuir a cada história um disco com um total de 7 ilustrações. A parte visual é complementada pela narração do texto, procurando elevar a ilustração infantil a outra dimensão através do cruzamento de imagem e som.
Criar uma ilustração que procura como público alvo crianças dos 6 aos 9 anos, podendo a faixa etária não ser tão restritiva.
Potenciar o desafio de lidar com um público diferente do qual estamos habituadas a lidar.
Subverter a noção comum do formato de livro.

Planeamento:
Até 25 de Abril - investigação | pesquisa | recolha
de 26 de Abril a 4 de Maio - narração | som
de 5 a 16 de Maio - ilustração
de 17 a 25 de Maio - montagem | acabamentos finais | planeamento da apresentação


Grupo 3: Elsa Oliveira
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Temática
-Literatura
-Representação/construção simbólica
-Polivalência dos significados (relatividade da representação)
-A imagem, o texto, o som, o objecto como possiveis instrumentos simbólicos/literários

-Mia Couto
Escritor moçambicano que reconstroi realidades e palavras (criação de neologismos), na junção de duas palavras cria ou acrescenta um significado (Estórias abensonhadas); o autor “desaliza a linguagem”, proporciona um imaginário gramatical, estrutural, comunicacional.
Muito ligado à cultura africana, expõe, através das suas histórias, o sonho e a denúncia, o tempo real e a fantasia...

Faseamento
-Entendimento da obra literária (denominações, instrumentos literários/simbólicos...)
-Análise da obra do autor (características linguísticas, narrativas, gramaticais)
-Estudos para a concretização formal do projecto
-Elaboração técnica dos meios espaciais/fisicos, imagéticos e sonoros do projecto.

Objectivos
-Estabelecer relações entre a postura literária da obra de Mia Couto e o próprio conceito denominador: a literatura.
-Criar um ambiente literário (simbólico) através de um objecto/espaço habitável sujeito a estímulos visuais, sonoros,...


Grupo 24: Tânia Monteiro, Eugénia Gomes
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Tema:
“A Menina do Mar” de Sophia de Mello Breyner Andersen

Fases do Trabalho:
1ª Investigação, análise da obra literária e do seu contexto na obra da autora.
2ª Recolha de imagens fotográficas e criação de banda Sonora.
3º Selecção de imagens e construção de uma sequência narrativa a partir das mesmas.
4ª Finalização do projecto.

Objectivos:
Nós pretendemos criar um objecto audiovisual com base num conto infantil reproduzindo o seu imaginário maritimo e fantástico. Par! a isso pretendemos trabalhar com fotografia e som.


Grupo 23: Catarina Campos, Duarte Amorim
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Tema:
Breve resumo do conto seleccionado ("O Amor é Cego" de Boris Vian):

5 de Agosto, 8:00h. O nevoeiro cobre a cidade, abatendo-se em lençóis paralelos. O primeiro lençol instala-se a 20cm do chão; o segundo lençol amontoa-se em espessuras consideráveis na parte baixa das ruas; o terceiro lençol mergulha as pessoas até aos joelhos. Ao fim de uma semana o nevoeiro instala-se até ao cimo das construções mais altas.
Orvert Latuile, personagem principal, acorda a 13 de Agosto de um sono de 300 horas (saía "de uma piela um bocado severa") e pensou que estava cego. Pela primeira vez na sua vida repara nos ruídos que o envolvem e tacteia para ver.
Nas ruas os corpos enlaçam-se no chão e as pessoas envolvem-se em orgias. "Ali estava uma vida simples e doce que faz os homens à imagem do deus pã."
Entretanto houve uma regressão regular do fenómeno e o nevoeiro desapareceu.

Descrição do nevoeiro: leve, opaco, tingido de azul, maré leitosa, maré viva opaca, noite branca, sensação que se experimenta quando o jacto de uma lâmpada eléctrica cai sobre as pálpebras fechadas, nevoeiro diabólicamente quente como uma gata febril, aérosol afrodisíaco, envenenamento licensioso e generalizado; com um cheiro doce a damasco tuberculoso, que só os perfumes mais potentes conseguiam franquear a sua barreira leitosa.

Descrição do som: "... o som ia bem e os ruídos ganhavam, ao envolverem-se naquele acolchoado, uma curiosa ressonância clara e mínima como a voz de uma soprano lírica cujo palato esburacado por uma queda infeliz sobre o cabo de uma charrua tivesse sido substituído por uma prótese de prata forjada."
Nas ruas ouvia-se o barulho dos carros, elevavam-se inúmeras canções e fundiam-se risos de toda a parte, constituindo um horizonte sonoro de grande profundidade.

O trabalho irá debruçar-se essencialmente no conceito de nevoeiro que vai preenchendo, às camadas, o espaço visível do personagem, alargando assim outro tipo de sensações. O personagem será o próprio observador, podendo ser a ilustração do nevoeiro crescente contida ou exterior à imagem do vídeo, e as outras sensações irão tendo mais relevância (audição, cheiro(?) e tacto(?)), à medida que a imagem perde importância.

Planificação:
Objectivos:


Grupo 10: Ana Ferreira, Joana Mota
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Tema:
"Admirável Mundo Novo", de Aldous Huxley

Planificação do trabalho:
Até 28 de Abril: Investigação sobre o livro e sobre todos os materiais a utilizar
Até 3 de Maio: Definição concreta do conceito e de tudo o que será utilizado na realização do trabalho e início da realização do projecto
Até à data de entrega: Conclusão do trabalho

Objectivos provisórios do trabalho:
Criar um espaço (instalação) que seja o reflexo do ambiente que o livro nos sugere.
Possibilitar ao espectador o contacto com algumas das ideias presentes no livro, como os laboratórios genéticos e de condicionamento dos seres humanos (a hipnopedia), a droga como elemento escapatório da realidade, e algumas das diferenças com a nossa sociedade actual (a não existência de famílias, livros proibidos, liberdade sexual, sistema de castas, ...).
Recorrer à utilização de som, imagem fotográfica e videográfica, luzes e objectos tridimensionais numa tentativa, não de tornar a ilustração indissociável do texto literário, mas antes tornar o último desnecessário.


Grupo 1: Cécile Mendes, Elisabete Ribeiro, Raquel Pestana
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Tema:
“It's Not How Good You Are
It's How Good You Want to Be”
Baseado no livro de Paul Arden.

O livro em questão trata de modo humorístico o modo como o sujeito pode ser capaz de obter sucesso através de uma “elevada” autoconfiança, tanto na sua vida, como nos negócios e mais especificamente, no mundo da publicidade. É um livro que se apodera de uma visão muito particular do mundo da publicidade, compilando nos seus conteúdos um conjunto de frases “ditas”, factos, imagens, muita “esperteza” aliada a conselhos experientes. Assim, este livro aborda, por vezes sarcasticamente, o modo como facilmente resolver problemas ligados à comunicação, à criatividade ou falta dela, o modo como vencer a timidez face ao patrão, cliente ou qualquer que seja o interlocutor. O objectivo é evidente, trata do melhor modo, como se ser original, ousado e persuasivo. Como ser capaz de responder a instruções específicas com as “cartadas” certas, como cometer o máximo de erros possível e tirar partido desse acontecimento.

Plano de trabalho:
Realização da ilustração nos seguintes formatos:
- livro
- Dvd (animação)

Draft do trabalho (objectivos):
- organização dos conteúdos do livro, readaptando-as ao nosso contexto académico e não o empresarial como relata o texto original;
- definição da estrutura a apresentar nos diferentes formatos
(elementos estéticos, processuais, imagéticos e conceptuais);
- organização da apresentação e montagem finais


Grupo 32: Eu (João Marrucho a.k.a. João da Concorrência a.k.a Ana)
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Tema escolhido:
Are you talkin' to me?

Planificação do Trabalho:
Isto vai ser um pouco como a pesca. Tanto pode vir peixe à cana como à rede.

Objectivos provisórios:
Fazer uma coisa porreira digna de uma escola idónia. Run Forest, run...

Não, vá... agora a sério...
Consciente da resposta da turma ao novo tipo de dinamização dos meios formatados pelos grandes mercadores de informação, e apesar das dificuldades retrospectivas que corroboram a interpessoalidade permissiva da Faculdade, não posso deixar de concoradar com a análise feita por Albano Esperança, quando refere a actividade multi-disciplinar como principal motor de letargia num ambiente fechado que não deixa de denotar alguma intrangisência às inovações mais físicas e, arrisco, mesmo tactuais. Esse marasmo que situa a prótese e a extensão humana feita pelo computador, nas áreas tangenciais ao percurso do design contemporâneo e que provocou na última década, um especial interesse, por parte da maioria dos intelectuais, pelas técnicas de intervenção social originadas pelo "corpo na arte" e pelas construções narrativas das "after-images" (conceito criado pelos artistas e críticos afins no intuito de preservar a sobriedade criativa inata à noção de autoria mecanizada) levanta novas questões à economia das ideias. A comunicação ficou então perdida em jogos referenciais de natureza subjectiva e, a pouco e pouco, tem perdido a peculiaridade, surgida apenas aquando da sua definição, da separação de territórios. O formato livresco da maior parte das publicações priódicas não é, então, senão uma reacção eficaz que visa colmatar a maior parte da aplicações interactivas doseadas pelo modo expositivo concorrente.
Pode-se depreender deste modo, que os percursos operativos das instâcias de produção de conteúdos, alcançam áreas limítrofes do recentemente originado universo do branqueamento hiper-textual. Ainda assim, este tipo de conotação pejorativa não invalida nenhum tipo de supra-continuidade virtual das pontencialidades já comprovadas pelo empirismo mais arcaico. Por outras palavras, o meio como finalidade, nega a projecção ética do momento em tempo-real. Os pilares da comunicação flexivel colocam, deste modo, o sujeito num limbo situacional semelhante ao despoletado pelo lugar-comum personificado por uma não-comunidade que zela, apática, pela omni-presença do sinal audio e vídeo que adjectiva parte dos eventos produzidos pelos discentes.
Para reforçar ainda mais esta ideia, e citando o mestre da repetição diferencial: "A analogia, não é senão um cão... hum...".

Vamos lá ver se consigo fazer isto tudo tal e qual como o descrevo...

sexta-feira, abril 22, 2005

DG1: Métodos de Investigação

Aula teórica

Aula teórica dedicada a métodos de investigação e estruturação de trabalho escrito. A presença é obrigatória para os alunos de Crítica e Investigação em Design. Todos os outros alunos são bem-vindos
Dia 26 de Abril, Terça, 14 horas
Local: dependerá da afluência, mas podemos encontrar-nos à entrada do Pavilhão de Design.

Heitor Alvelos

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Por cortesia do Prof. Heitor Alvelos, esta aula estará também aberta à participação dos alunos do 4º ano.